A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência provocou movimentações importantes no centrão, mas, ao contrário do que se especulou inicialmente, o cenário indica que ele tem espaço real para crescer e consolidar seu nome nas próximas pesquisas.

Embora líderes como Ciro Nogueira (PP), Marcos Pereira (Republicanos) e Antônio Rueda (União Brasil) tenham demonstrado cautela, o movimento não foi de rejeição, e sim de sinalização de que o diálogo será fundamental para construir uma candidatura sólida e competitiva.

Ciro Nogueira, por exemplo, elogiou Flávio publicamente e destacou que a escolha do candidato da direita deve ser construída de forma conjunta — um recado que, na prática, abre caminho para negociações e fortalecimento do nome do senador. Rueda, ao afirmar que não houve diálogo prévio, reforça justamente a importância dessa etapa, sugerindo que, com articulação adequada, o União Brasil poderá vir a compor o projeto. Até mesmo Marcos Pereira, que não esteve presente na reunião articulada por Flávio, mantém portas abertas, acompanhando atentamente a reorganização das forças de centro-direita.

O apoio imediato de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e figura influente na direita, dá impulso relevante à pré-candidatura. Tarcísio afirmou que Flávio “pode contar conosco”, um gesto que tende a aumentar a confiança de outros setores do centro e do centrão. Com esse respaldo inicial e a visibilidade gerada, a expectativa é que Flávio Bolsonaro cresça nas próximas pesquisas, especialmente à medida que ampliar diálogos, apresentar propostas concretas e consolidar alianças.

Assim, o que se desenha não é um cenário de isolamento, mas de construção. O centrão envia sinais claros de que a competitividade virá do consenso — e Flávio Bolsonaro, ao se posicionar como alternativa viável e dialogada, tem condições reais de se fortalecer e transformar sua pré-candidatura em uma das principais da direita para 2026.

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