Revelado o conteúdo do slide vetado por Moraes em julgamento

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A defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, tentou apresentar nesta terça-feira (9/12), durante o julgamento no STF, um slide que reproduzia um argumento formulado por Cristiano Zanin em 2015, quando o atual ministro atuava como advogado de Lula no âmbito da operação Zelotes. 

A comparação pretendia mostrar como Zanin, à época, questionava a validade de minutas não assinadas como prova — estratégia que, segundo os advogados de Martins, seria aplicável ao caso atual.

O material vetado destacava um trecho da peça elaborada por Zanin, em que ele criticava a utilização de documentos preliminares apreendidos durante as investigações. 

No texto original, o então advogado afirmava haver “minutas de contratos não assinadas e manuscritos (garatujas) apreendidos em endereço de Alexandre Paes dos Santos, realizando um criativo e ficcional trabalho de dedução descomprometida para construir a narrativa — confusa — das tratativas que teriam ocorrido entre consultores e clientes (Montadoras) que, ao cabo, seriam bastantes para configurar crimes de corrupção ativa atribuídos ao defendente e a Gilberto Carvalho”. 

Essa crítica servia, na época, para contestar a interpretação dada pelo Ministério Público aos indícios coletados no caso.

Filipe Martins, representado pelo advogado Jeffrey Chiquini, é acusado de participar da elaboração de uma minuta de decreto que teria como objetivo embasar um golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. O documento encontrado pela Polícia Federal (PF) não apresenta qualquer assinatura, ponto que a defesa buscava reforçar ao recuperar o argumento utilizado por Zanin no passado.

Ao analisar o pedido, o ministro Alexandre de Moraes decidiu impedir a exibição dos slides. Para ele, o material seria “parcialmente impertinente” e continha “diversos documentos e imagens que não estão juntadas aos autos e não dizem respeito ao objeto” do processo. A decisão impediu a defesa de utilizar a comparação direta entre os dois episódios como estratégia retórica de sustentação.

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da Redação