Uma surpreendente escolha para novo CEO global da Coca-Cola

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A Coca-Cola anunciou uma mudança importante em seu comando global. O atual diretor de operações da companhia, Henrique Braun, assumirá o cargo de CEO mundial a partir de 31 de março de 2026. Com a transição, James Quincey deixará a função executiva e passará a atuar como chairman executivo do grupo.

Braun tem 57 anos e construiu uma trajetória de três décadas dentro da multinacional. No início de 2025, assumiu a posição de chief operating officer, após ter comandado operações estratégicas da empresa em mercados como Brasil, América Latina, China e Coreia do Sul. Ao longo da carreira, também esteve à frente de áreas como cadeia de suprimentos, desenvolvimento de negócios, marketing, inovação, gestão operacional e engarrafamento.

Apesar de ter nascido na Califórnia, Henrique Braun foi criado no Brasil. Ele é formado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), possui mestrado em Ciências pela Michigan State University e MBA pela Georgia State University.

A mudança foi comentada pelo principal diretor independente da Coca-Cola, David Weinberg, que destacou o papel de James Quincey à frente da companhia. Segundo ele, Quincey seguirá envolvido de forma ativa nos rumos do negócio mesmo após a transição.

Quincey, que tem 60 anos, ocupou o cargo de CEO por nove anos. Durante esse período, a Coca-Cola incorporou mais de dez marcas bilionárias ao seu portfólio, entre elas BodyArmor e Fairlife. Foi também sob sua gestão que a empresa entrou no segmento de bebidas alcoólicas, com o lançamento do Topo Chico Hard Seltzer, em 2021.

Em 2020, Quincey liderou uma ampla reestruturação interna que reduziu o número de marcas da companhia pela metade e resultou na demissão de milhares de funcionários. À época, a direção afirmou que o objetivo era simplificar a operação e concentrar investimentos em produtos de maior crescimento, como os sucos Simply e Minute Maid.

A troca de comando ocorre em um momento de desafios para a empresa, que enfrenta demanda mais fraca nos Estados Unidos e na Europa, além de maior atenção dos consumidores à composição de seus produtos.

Recentemente, após incentivo do presidente americano Donald Trump, a Coca-Cola anunciou que lançará uma versão de seu refrigerante tradicional adoçada com açúcar de cana, substituindo o xarope de milho rico em frutose.

Ao comentar a sucessão, David Weinberg afirmou que o conselho confia na capacidade de Henrique Braun para dar continuidade aos pontos fortes da companhia e buscar novas oportunidades de crescimento no mercado global.

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da Redação