Zezé Di Camargo dá um tapa com luva de pelica na direita

O que aconteceu no lançamento do “jornal do SBT” não foi um evento institucional. Foi um ato político escancarado.

Lula, Janja e Alexandre de Moraes como convidados de honra. E parte da direita presente.

Aplausos. Sorrisos. Fotos históricas.

Tudo normalizado.

O governo Lula é antissemita e apoia o grupo terrorista Hamas, além de carregar o Brasil para alinhamentos internacionais moralmente questionáveis. O patriarca da família Abravanel, Silvio Santos, fundador do SBT, um judeu, se retorce no túmulo.

Alexandre de Moraes é alvo de denúncias, críticas por abusos de poder e escândalos que seguem sem respostas claras.

Nada disso importou.

Nas palavras de Zezé: "filho que não honra pai e mãe,  pra mim não existe". Mensagem direta do peito das filhas de Silvio Santos, em especial Patrícia Abravanel.

E foi aí que Zezé Di Camargo fez o que quase ninguém teve coragem.

Indignado, gravou um vídeo duro e além de criticar o ato político do SBT, pediu o cancelamento do seu especial de Natal “É Amor!”, já gravado.

Abriu mão de palco, dinheiro e visibilidade por coerência.

Enquanto isso, a chamada “direita” aplaude.

Aplaude quem se ajoelha para o poder.

Aplaude celebridades que desprezam seus valores.

Aplaude porque quer ser aceita.

Zezé deu um tapa de luva de pelica nessa direita sem espinha dorsal.

Mostrou que princípios não são figurino de campanha.

Num país onde muitos vendem a consciência por convite e selfie,

dizer “não” virou um ato de coragem.

Zezé escolheu dignidade.

E isso incomoda mais do que qualquer discurso.