Surge informação que pode complicar a vida da esposa de desembargador preso

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Flávia Ferraço Judice, esposa do desembargador Macário Judice Neto, trabalhou no gabinete da diretoria-geral da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) até o início de novembro de 2025. O magistrado, relator do caso TH Joias no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), foi preso nesta terça-feira (16) pela Polícia Federal durante a segunda fase da operação Unha e Carne.

A PF encontrou evidências de que o desembargador teria colaborado no vazamento da operação contra Thiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias, ex-deputado estadual do MDB. O parlamentar é investigado por supostas ligações com o Comando Vermelho, segundo apuração do jornalista Otávio Guedes.

Documentos mostram que a esposa do magistrado pediu exoneração do cargo na Alerj. O pedido foi oficializado em ato da mesa diretora em 6 de novembro e publicado no Diário Oficial. A administração da Assembleia informou que o desligamento aconteceu "espontaneamente".

A folha de pagamento registra que Flávia recebeu R$ 8,2 mil líquidos em outubro. Quando deixou o cargo, as investigações sobre o ex-deputado estadual já estavam em curso.

Thiego Raimundo foi preso em setembro sob acusação de ligação com o Comando Vermelho. O Ministério Público Federal enviou denúncia ao TRF-2 indicando que o ex-parlamentar fazia parte do núcleo político da organização criminosa.

A PF descobriu que o ex-deputado teria sido alertado sobre a operação pelo presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil). O chefe do Legislativo fluminense também foi detido, acusado de vazar informações da ação policial e obstruir as investigações.

A Alerj esclareceu que Flávia nunca trabalhou no gabinete da presidência ou no gabinete parlamentar de Bacellar, aliado político de TH Joias. A Casa informou que a ex-servidora estava vinculada apenas ao diretor-geral Marco Brito, nomeado pelo próprio Bacellar.

As autoridades informaram que Flávia Ferraço Judice não está entre os investigados na operação Unha e Carne, deflagrada hoje pela PF.

Em nota, o desembargador Macário Judice Neto afirmou desconhecer "as conjunturas políticas intestinas da Alerj e as eventuais alianças partidárias havidas entre o presidente Rodrigo Bacellar e o ex-deputado Thiego Raimundo".

O magistrado também declarou que "questões extra autos e privadas jamais pautaram as suas decisões para efeito da decretação de medidas cautelares contra o ex-parlamentar, inclusive com o cumprimento de diligência de busca e apreensão em gabinete da casa legislativa estadual". Em sua manifestação, acrescentou que "se ateve estritamente aos elementos constante dos autos na investigação em curso".

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da Redação