Revista Veja vitimiza negros e recebe resposta fulminante de diarista moradora de favela

17/11/2017 às 15:43 Ler na área do assinante

A nova capa da revista Veja traz os dizeres “Como vivem os negros no Brasil”. Embarcando de vez na canoa furada do vitimismo, a “nova” linha editorial da revista, que vai ao encontro das narrativas vermelhas mais repetitivas e tacanhas, nada mais é do que uma volta às raízes.

Mas dessa vez, ao invés de surtir o efeito desejado, jogando uma parcela da população contra a outra, a divulgação da capa na página da revista no Facebook gerou revolta. Em comentários bem articulados, diversas pessoas demonstraram sua indignação. Muitos afirmaram que a revista, agindo dessa forma, incentiva uma narrativa que “rebaixa os negros”, considerando-os inferiores. Outros, ainda, deram relatos pessoais de sucesso, afirmando que não precisaram se vitimizar para elevar-se na vida, valendo-se exclusivamente de seu próprio esforço e trabalho árduo. Houve também os que afirmaram categoricamente que ser negro no Brasil não é diferente de ser branco e os que classificaram aqueles que "só sabem falar de racismo" como uma minoria “global”, em clara referência à agenda política praticada pela Rede Globo e, em outros, à atriz Taís Araújo.

No meio da confusão, um relato pessoal feito pela usuária Ivone Rocha Oliveira se destacou. Confira:

Como é ser negra no Brasil? Vou resumir rapidinho, porque sou negra, pobre do interior de Minas Gerais e moro numa favela do Rio de Janeiro.
Sou muito feliz!
Sou diarista e encontrei muitas dificuldades quando cheguei, nos anos 90. Trabalhei duro e conquistei algumas coisas, graças a Deus! Estudei, lutei como qualquer ser humano. Não tive filhos porque não quis. Não vivo me vitimizado como a maioria dos seres humanos de qualquer cor! Na vida não é a cor que conta, são suas escolhas!
O problema do Brasil, hoje, é que negro quer se dar bem como algumas pessoas que vivem na mídia. Quer sempre falar de racismo. Os negros que se sentem excluídos não querem ter o trabalho de estudar, lutar por uma vida melhor. O que move o mundo é o conhecimento. Se você não se esforçar, vai ficar na beira do asfalto. Se sonha com uma profissão bacana, tem que correr atrás! E isso não importa a cor.

 Além da Ivone, destacamos diversos outros usuários que se manifestaram contrariamente ao editorial. Qual a sua opinião?

da Redação
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