Toffoli manda soltar ex-diretor da PF de Lula, ex-deputado e mais 2 envolvidos com crimes ambientais e corrupção

21/12/2025 às 13:29 Ler na área do assinante

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, ordenou a soltura de Rodrigo de Melo Teixeira, ex-diretor de Polícia Administrativa da PF no governo Lula, e de outros três investigados por supostos crimes ambientais e corrupção. A decisão foi tomada nessa sexta-feira (19), substituindo as prisões preventivas por medidas cautelares.

Os quatro estavam detidos desde 17 de setembro, quando foram presos durante a Operação Rejeito, que investiga esquema de crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à mineração em Minas Gerais. Entre as medidas cautelares impostas estão o uso de tornozeleiras eletrônicas, entrega de passaportes e proibição de saírem da comarca onde residem.

"[As medidas diversas de prisão] revelar-se-ão suficientes para assegurar a aplicação da lei penal, a preservação da ordem pública e econômica, bem como a conveniência da instrução criminal", escreveu Toffoli em sua decisão.

Além de Teixeira, foram beneficiados pela decisão o ex-deputado estadual de Minas Gerais João Alberto Paixão Lages, Helder Adriano de Freitas e Alan Cavalcante do Nascimento. Esses dois últimos, Freitas e Nascimento, são apontados como articuladores do esquema investigado pela Polícia Federal.

De acordo com a investigação, o grupo acumulou lucros de aproximadamente R$ 1,5 bilhão com as atividades supostamente ilícitas. Os projetos em andamento controlados pela organização têm potencial econômico estimado em mais de R$ 18 bilhões, segundo o inquérito policial.

A PF considera Teixeira como "peça central" na suposta organização criminosa. As autoridades afirmam que ele participava da gestão de empresas de mineração sem figurar formalmente nos quadros societários dessas companhias.

Quando foi preso em setembro, a defesa de Teixeira argumentou que ele sofria perseguição dentro da própria Polícia Federal devido ao seu perfil político. Os advogados contestaram a necessidade da prisão, alegando falta de fatos concretos que demonstrassem interferência do investigado em apurações da PF.

Teixeira ocupou diversos cargos públicos em Minas Gerais. Em 2018, assumiu a superintendência da PF no estado. Na administração municipal de Belo Horizonte, foi secretário de Segurança e Prevenção durante a gestão de Alexandre Kalil, aliado do atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Na eleição de 2022, Kalil concorreu ao governo de MG pela chapa do PSD.

O ex-diretor também atuou no governo estadual de Fernando Pimentel (PT), entre 2015 e 2018, como secretário-adjunto na área ambiental de Defesa Social e presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam).

Documentos da investigação apontam indícios de que Teixeira teria ocultado a propriedade de empresas.

"As interceptações telemáticas indicam que ele é administrador de fato da sociedade empresarial Gmais Ambiental Ltda., constituída em mar.2021, quando ocupava o cargo de Secretário Municipal Adjunto na Prefeitura de Belo Horizonte, e dela se vale para perceber frutos da exploração minerária decorrente de outros ilícitos do grupo. Também é administrador de fato da sociedade Brava", aponta a decisão que havia determinado sua prisão.

As investigações indicam que Teixeira teria exercido influência dentro da Polícia Federal para interferir em inquéritos relacionados ao setor de mineração, aproveitando seus contatos e conhecimento institucional adquirido durante sua passagem pela corporação.

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