Enquanto a Havaianas enfrenta críticas e acusações de viés político após o lançamento de uma campanha publicitária contestada por setores da direita neste domingo (21), uma de suas principais concorrentes no mercado de calçados, a Grendene, possui entre seus maiores acionistas empresários que fizeram doações às campanhas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018 e 2022.

A Grendene é controladora de marcas conhecidas como Ipanema, Grendha, Melissa, Rider e Cartago. Entre seus fundadores está Alexandre Grendene Bartelle, que detém 44,14% das ações da companhia. Segundo dados do sistema DivulgaCand, da Justiça Eleitoral, ele doou R$ 1 milhão para a campanha de Bolsonaro em 2022. O mesmo valor foi repassado por seu irmão, Pedro Grendene Bartelle, proprietário de 13,89% das ações da empresa.

Nas eleições de 2018, quando Bolsonaro saiu vencedor pela primeira vez, os dois empresários também contribuíram financeiramente, embora em montantes bem menores. Cada um doou R$ 3 mil naquele pleito, período em que a campanha do então candidato ainda era considerada enxuta, com despesas totais de R$ 2,4 milhões, número significativamente inferior aos R$ 37,5 milhões gastos por Fernando Haddad (PT) na mesma disputa.

Agora, com o boicote contra a marca Havaianas, a empresa deve ter um enorme crescimento. 

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