
Quero saber é sobre o espólio dessa guerra de poder, política e cultural no Brasil
21/12/2025 às 22:01 Ler na área do assinante
Vai chegar o dia em que tudo, mas tudo mesmo, que o STF fez, faz e ainda terá algum tempo para fazer, vai ser anulado oficialmente. Diante das aberrações jurídicas, carregadas com grosseiras linhas de autoritarismo, covardias e psicopatia, emitidas por aquela casa, especialmente as proferidas pelo ministro Alexandre de Moraes, que deixaram um rastro de humilhação, sofrimento, sangue e de injustiças pelo caminho, autoridades brasileiras haverão de colocar ordem no hospício.
Vai ser uma enxurrada de pedidos de indenizações na justiça, e esse país terá que formar um conselho de notáveis e sábios independentes, de reconhecimento jurídico inquestionável, a fim de elaborar um relatório sobre todas as inconstitucionalidades e erros judiciários cometidos, desde 2019, para, assim, evitar ainda mais o congestionamento de processos na corte.
Os atuais ministros (todos eles, inclusive os que deixaram o STF recentemente) deveriam ser julgados - pela história já são os protagonistas, mas ainda tem as leis do papai do céu.
Longe de sequer parecer pilhagem ou despojo de guerra, o Brasil, em seu âmbito territorial, terá que promover uma espécie de “espólio de guerra”. Até 1949, dos países beligerantes, os vencedores tomavam bens dos países perdedores sem limites. Bens como terras, riquezas e patrimônios, inclusive de civis vivos ou mortos, eram apoderados pelos vencedores com a justificativa de recomposição dos prejuízos da própria guerra. A partir de 1949, passou a vigorar o Direito Internacional Humanitário (DIH) com a terceira Convenção de Genebra (1949), e tudo isso passou a ser crime de guerra. Excetuam-se apenas bens militares.
Essa linha do espólio de guerra na esfera brasileira deveria ser uma opção a ser estudada.
O país será depenado (ainda mais) a partir do momento que tiver fazer reparações com os injustiçados pela ditadura da toga! Quanto vale a vida do Clezão para sua família, e o sofrimento de milhares e milhares de pessoas (e suas famílias) atingidos pela insanidade jurídica, ainda em curso?
Enquanto isso, ainda nesta semana, a justiça confirmou (ainda cabe recurso) uma indenização de R$400.000,00 a anistiada pela Lei da Anistia de 1979 (Lei nº 6.683/79), Dilma Rousseff, aquela acusada de crimes de subversão - onde era integrante de organizações clandestinas que atuavam a favor do comunismo no Brasil, como a Organização Revolucionária Marxista Política Operária (POLOP), o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), além de um salário médio (que recebia à época, a ser reajustado) mensalmente até o fim da vida.
E hoje, ironicamente, o seu partido, correligionários e cúmplices, querem impedir a anistia para os injustiçados do 8 de janeiro.
Eu digo, sem medo… isso não é hipocrisia mais (que já ficou para trás). Isso é o extrato da perversidade!
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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