Na véspera da reunião entre Trump e Zelensky, a "surpresa" desagradável de Vladimir Putin

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Neste sábado (27), um dia antes da reunião programada entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o presidente dos Estados Unidos Donald Trump na Flórida, a Rússia lançou um ataque com drones e mísseis contra Kiev. O bombardeio resultou na morte de uma mulher de 47 anos e deixou 320 mil pessoas sem energia elétrica e calefação.

O governador da região de Kiev, Mikola Kalashnik, declarou que o ataque causou danos significativos à infraestrutura energética local. Onze pessoas foram hospitalizadas em consequência do bombardeio. Kalashnik afirmou que Moscou utilizou aproximadamente 500 drones e 40 mísseis direcionados à capital ucraniana e áreas vizinhas.

Antes de viajar para os Estados Unidos, Zelensky disse que a Rússia "não quer o fim da guerra". O presidente ucraniano afirmou que os russos "buscam qualquer desculpa para causar à Ucrânia um sofrimento ainda maior e aumentar a pressão sobre outros".

O Exército russo, por sua vez, informou que seus alvos foram instalações militares e infraestruturas energéticas "usadas em benefício das Forças Armadas da Ucrânia".

O encontro entre Trump e Zelensky, marcado para amanhã (28) na Flórida, tem como foco principal discutir o plano de paz proposto por Washington para encerrar o conflito iniciado em fevereiro de 2022. Antes de chegar aos EUA, o presidente ucraniano fará uma parada no Canadá para se reunir com o primeiro-ministro Mark Carney e participará de uma videoconferência com líderes europeus.

A proposta mais recente dos Estados Unidos contém 20 pontos e sugere o congelamento da linha de frente nas posições atuais. O plano abriria caminho para que a Ucrânia retire suas tropas do leste, onde poderiam ser criadas zonas desmilitarizadas, conforme explicou Zelensky à imprensa no início da semana.

Washington pressiona Kiev para retirar suas forças dos 20% de território que ainda controla na região de Donetsk, parte do Donbass, considerada uma exigência territorial prioritária para a Rússia. O plano também propõe um controle compartilhado entre Estados Unidos, Ucrânia e Rússia da central nuclear de Zaporizhzhia, atualmente sob domínio russo.

Zelensky destacou que qualquer cessão territorial precisará ser aprovada pela população ucraniana através de um referendo. Apesar das divergências, a Ucrânia conseguiu algumas concessões importantes em comparação ao plano anterior de 28 pontos, considerado excessivamente favorável aos interesses russos.

A nova versão elimina a exigência de que Kiev renuncie formalmente à sua aspiração de ingressar na Otan. Também foi removida a possibilidade de Washington reconhecer como territórios russos as áreas ocupadas desde 2014, quando ocorreu a anexação da península da Crimeia.

O plano atualizado inclui acordos bilaterais entre Estados Unidos e Ucrânia sobre garantias de segurança, reconstrução e economia, além de prever apoio econômico europeu. Moscou já manifestou críticas à nova proposta, acusando Kiev de tentar "prejudicar" as negociações.

Quanto ao encontro iminente, Trump demonstrou sua posição nas negociações em declaração ao site americano Politico: "Ele (Zelensky) não tem nada até que eu aprove". O presidente americano também afirmou: "Então, veremos com o que ele chega" e "Acho que vai dar certo com ele. Acho que vai dar certo com Putin".

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da Redação