Vaza estranha reunião às escondidas de Toffoli com líderes políticos

Um encontro discreto, longe da agenda oficial, reuniu nesta sexta-feira (26) o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli e nomes centrais da política catarinense. O almoço ocorreu na residência do empresário Ricardo Faria, localizada no Balneário Rincão, no Sul de Santa Catarina, e seguiu um padrão de absoluto sigilo, típico das articulações de encerramento do ano político na região.

A reunião não contou com nota pública nem registro formal na agenda do ministro. 

O grau de reserva chamou atenção. Fotografias e gravações foram vetadas, e a segurança no entorno da residência foi intensificada, indicando o esforço dos organizadores para manter o almoço fora dos holofotes. 

Antes do compromisso, Toffoli chegou a ser visto caminhando pela orla do Balneário Rincão. Nos bastidores, comenta-se que o ministro segue hospedado na casa do empresário anfitrião.

À mesa, esteve presente um grupo representativo do poder em Santa Catarina. Participaram o governador Jorginho Mello, o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, o deputado federal e secretário de Agricultura Carlos Chiodini, além de Felipe Mello, filho do governador. 

Também marcaram presença o prefeito do Balneário Rincão, Luiz Laurindo, o ex-prefeito de Criciúma Clésio Salvaro, o ex-prefeito do Balneário Rincão Jairo Custódio e o médico Américo Faria, pai de Ricardo Faria e conhecido articulador político da região.

A presença de Dias Toffoli ocorre em um momento sensível no cenário nacional. O ministro ganhou destaque nesta semana ao negar um pedido da Procuradoria-Geral da República para suspender a acareação de investigados no caso Banco Master, decisão que manteve a audiência prevista para a próxima terça-feira (30).

Publicamente, não houve manifestações sobre o encontro. Entretanto, nos bastidores, a leitura é política. A combinação entre agenda privada, lideranças locais de peso e ausência de comunicação oficial reforça a avaliação de que, mesmo distante de Brasília, o Supremo Tribunal Federal permanece no centro das atenções do poder — e sob vigilância constante.

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