Surge a provável causa da queda de avião em Copacabana (veja o vídeo)

28/12/2025 às 15:09 Ler na área do assinante

Um monomotor que rebocava uma faixa publicitária caiu no mar de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (28), causando a morte do piloto Luiz Ricardo Leite de Amorim, de 40 anos. O Corpo de Bombeiros encontrou o corpo após duas horas e meia de buscas. A aeronave da empresa Visual Propaganda Aérea não possuía autorização para realizar o voo publicitário no momento do acidente, segundo a prefeitura do Rio.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da FAB, iniciou as investigações sobre as causas da queda.

"Durante a ação inicial, profissionais qualificados e credenciados aplicam técnicas específicas para coleta e confirmação de dados, preservação de elementos, verificação inicial dos danos causados à aeronave ou pela aeronave, além do levantamento de outras informações necessárias à investigação", informou o Cenipa em comunicado.

Especialistas apontam que o monomotor pode ter sofrido um estol, fenômeno de perda de sustentação da asa. Gerardo Portela, doutor em Gerenciamento de Riscos e Segurança pelo Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Coppe/UFRJ, analisou imagens do acidente e destacou o possível papel da faixa publicitária.

"Essa faixa impõe um arrasto muito grande. Então, significa carga, e o motor é muito sobrecarregado. É preciso checar se aquela faixa era compatível com a aeronave e com as condições de potência do motor", explicou Portela.

O acidente ocorreu pouco depois das 12h, entre os postos 3 e 4 da praia, próximo à Rua Santa Clara. Testemunhas relataram ter ouvido um forte estrondo antes da queda. O técnico óptico Edmar Cabral Bezerra, de 58 anos, que estava no local, disse: "Sentei na areia e ouvi um barulhão. O pessoal do meu lado falou que era um avião."

Os Bombeiros foram acionados às 12h34 e mobilizaram motos aquáticas, embarcações infláveis, mergulhadores e apoio aéreo com helicóptero para as operações de resgate. Nenhuma outra pessoa ficou ferida, apesar da presença de outras embarcações e motos aquáticas na água.

Portela mencionou também outras possíveis causas para o estol, como pane no motor ou no sistema de controle da aeronave. "Em caso de qualquer pane ele precisaria desengatar aquela faixa rapidamente, porque ela representa um arraste muito grande e reduz muito a possibilidade de ele conseguir planar e fazer um pouso de emergência", afirmou o especialista.

Bernardo Rubião, subprefeito da Zona Sul que acompanhou as buscas, informou que relatos iniciais indicavam ser o primeiro voo do piloto rebocando faixa publicitária. Até o final da tarde de sábado, os responsáveis pela aeronave buscavam uma solução para retirar o monomotor do fundo do mar.

A Polícia Civil abriu investigação para apurar as circunstâncias do acidente. O Cenipa destacou que suas investigações têm como objetivo "contribuir para a prevenção de acidentes aeronáuticos" e "não têm o propósito de atribuir culpa ou responsabilidade civil ou criminal por um acidente aeronáutico, mas, sim, de identificar os possíveis fatores contribuintes relacionados à ocorrência, com o objetivo de preservar vidas por meio do fortalecimento da segurança do transporte aéreo".

A prefeitura do Rio informou que a empresa Visual Propaganda Aérea será autuada por realizar o voo sem a devida licença. Em nota, a administração municipal destacou que "promove fiscalizações periódicas em todas as atividades econômicas no Rio para evitar que este tipo de infração ocorra".

O acidente aconteceu em um momento de grande movimentação nas praias cariocas, às vésperas do réveillon. Banhistas relataram que aproximadamente dez minutos após a queda, as demais aeronaves que sobrevoavam a praia interromperam seus trajetos sobre Copacabana, local onde é comum a presença de pequenos aviões puxando faixas publicitárias.

A FAB confirmou que a matrícula da aeronave acidentada era PT-AGB. A empresa Visual ficará responsável pela reflutuação e transporte do monomotor. De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), a empresa possui alvará para realizar publicidade aérea, mas não havia solicitado licença específica para o trabalho realizado no domingo. 

Veja o vídeo:

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