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Marun, o ministro com salário penhorado

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A esposa de Carlos Marun provavelmente é sua ‘laranja’. Todo o patrimônio amealhado pelo deputado está no nome de Luciane Garcia Marun, inclusive participação societária em diversas empresas, imóveis e veículos.

Natural de Porto Alegre (RS), Marun, como diz o gaúcho, é um ‘pelado’, não tem um vintém em seu nome.

O deputado ganhou notoriedade por sua truculência na defesa de casos e causas no mínimo antipáticas à opinião pública.

Foi membro efetivo da ‘tropa de choque’ de Eduardo Cunha e na sequência tornou-se um dos principais defensores de Michel Temer, até ser premiado com o ministério.

Marun como ministro vai ganhar bem menos que Luislinda Valois, aquela que reclamou que o salário de mais de 30 mil era o de uma ‘escrava’.

A Justiça de Mato Grosso do Sul acaba de penhorar 30% do salário de Carlos Marun.

Todos os meses o valor será descontado para quitação de uma dívida efetuada e não honrada há quase 20 anos.

Nesse sentido, eis o trecho do despacho do juiz que determina a medida:

‘Desta feita, não há que se falar que a penhora de 30% do salário do executado Carlos Eduardo Xavier Marun comprometeria o sustento digno de sua família; e, numa ótica maior, eis que se trata de indivíduo da classe política, ressabido e consolidado que esta detém tranquilidade financeira ante nossa pátria realidade social. Destarte, defiro a pretensa penhora mensal de 30% dos vencimentos do executado em sua folha de pagamento, requerida pelo exequente às fls. 547/551. Oficie-se ao Órgão pagador para o cumprimento de medida ora deferida.'

O valor atual da dívida perfaz mais de 700 mil.

A Justiça ainda tentou penhorar valores na conta corrente de Marun. Só encontrou R$ 212.

Tudo indica que todos os meses, assim que o salário entra na conta do deputado, é imediatamente transferido para a conta de outrem, possivelmente a sua esposa.

Pelo visto, não é sem motivo que ele será o articulador político do atual governo. 

da Redação Ler comentários e comentar