Moro autoriza perícia em novas provas da Odebrecht, mas Zanin é contra e deve recorrer

25/12/2017 às 22:42 Ler na área do assinante

A defesa de Lula, o próprio meliante petista e a insana militância, costumam insistir na infame ladainha de que não há provas contra o ex-presidente.

Como se o conjunto de tudo o que foi apurado, as inúmeras delações e a farta documentação juntada não fossem elementos de prova.

O próprio material enviado pela Suíça relativo ao sistema de propina da Odebrecht é elucidativo e devastador.

Na busca da verdade, o juiz Sérgio Moro acolheu pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato e estendeu uma perícia em curso a um novo material enviado pela Suíça relativo ao sistema de propina da Odebrecht.

Marcos Camargo, presidente da entidade de classe dos peritos criminais federais, assinala que a perícia 'é essencial para garantir a integralidade da prova' e que vai assegurar ‘a necessária isenção no processo de busca pela verdade, único método capaz de confirmar ou afastar, de acordo com a Constituição e as leis vigentes, qualquer alegação feita no âmbito do caso em discussão’.

Os arquivos que foram extraídos da contabilidade informal do grupo Odebrecht, serão analisados e poderão ser decisivos na demonstração de participação (ou não) de Lula nos eventos criminosos.

Cristiano Zanin, buscando distanciar-se da verdade, por razões óbvias, contestou a extensão da perícia, e mais uma vez fez uso de uma alegação esdrúxula, sustentando que ‘o material seria prova nova’ e que ‘não haveria autorização expressa das autoridades suíças para utilização do material para instrução’ neste processo.

Moro foi categórico: ‘Não vislumbro óbice em estender a perícia para também abranger o novo material recebido’.

Marcos Camargo foi taxativo, ressaltando que ‘as atribuições da perícia oficial não se confundem com as dos assistentes técnicos das partes, como é o caso do Ministério Público Federal’.

“Isso ocorre porque os peritos oficiais estão sujeitos, inclusive penalmente, aos mesmos critérios de suspeição dos juízes, atuando com isenção e imparcialidade na produção da prova material e mantendo-se equidistante das partes. Além disso, a perícia dispõe de estrutura legalmente instituída para a execução dos exames com autonomia técnica, científica e funcional.

É esse o trabalho que tem sido responsável por toda a sustentação técnico-científica da Operação Lava-Jato”, concluiu.

Enfim, mesmo contra a vontade da defesa de Lula, a perícia será efetivada e deve apresentar provas ainda mais robustas, aquelas que Lula tanto tem pedido.

da Redação
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