O cínico sorriso de Pizzolato e a frustração com o ministro Barroso

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Sorriso na boca, fazendo um joinha para os jornalistas, lá se foi Henrique Pizzolato desfrutar do Réveillon em casa. Cortesia do ministro Barroso. Vai se juntar aos indultados por Temer e ao pessoal do saidão de Natal. Mais um criminoso de volta às ruas.

Condenado no mensalão do PT, Pizzolato fugiu do Brasil usando o passaporte do irmão morto.

O ex- diretor de marketing do Banco do Brasil foi condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro a 12 anos e 7 meses de prisão, além de multa de R$ 2 milhões. Cumpriu menos de dois em regime fechado.

Foi preso na Itália, depois de tripudiar da justiça brasileira e ser repatriado em 2015. O governo brasileiro fez um escarcéu para tê-lo de volta. 

Duas lições óbvias: 

1) O crime compensa no Brasil. 

2) Lembram quando um mês atrás meio mundo estava deslumbrado com as palavras douradas do ministro Barroso? Alguns até se chateavam quando a gente dizia: "Calma lá que o pé do santo é de barro". Pois é. Mais do mesmo.

Falar, amigo, até burrico de pelúcia "fala". Quero ver é a prática.

Lembrem-me desse episódio na próxima entrevista de Barroso sobre a sensação de impunidade turbinar o crime no País.

(Texto de Sonia Zaghetto)

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