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Tempos de crise. Tempos de “estagflação” etc.e tal!

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Nessa crise que sufoca a indústria, um único segmento está com boas perspectivas no curto prazo: o da fabricação de panelas. 

Muito menos por causa da decantada “marolinha” e muito mais pela desorganização de nossa economia, nas asas da nefasta “nova matriz econômica”, o País enfrenta uma situação calamitosa. 

As seguidas pajelanças inovadoras, obras de feiticeiros-aprendizes, ventríloquos de um poder absoluto – absolutamente incompetente -, criaram uma desorganização tal, que seria dar prova de um verdadeiro autismo afirmar que após uma breve “travessia”, um crescimento vigoroso está para acontecer. 

Mas como tudo é relativo, o conceito de “breve” se presta a qualquer interpretação. 

O tratamento dado à inflação durante o Dilma 1, associado a uma série de medidas cuja enumeração serviria apenas para desopilar o fígado, trouxe repercussões de difícil avaliação. Qualquer que seja a decisão do COPOM, a SELIC aprisiona nossa economia numa armadilha de difícil escapatória. 

Uma ‘brincadeira’ de Cila e Cáribdes. Aumentar os juros combate a inflação, porém o custo do serviço da dívida arrebenta o já improvável superávit primário. Diminuir a taxa básica possibilita um aparente alívio, logo varrido pela volta do dragão que pensávamos ter sido sepultado definitivamente. 

No momento, falar em “estagflação” (estagnação mais inflação) passa a ser um eufemismo, quando o mais adequado seria falar numa ‘receflação’ (recessão mais inflação). Nessa crise que sufoca a indústria, um único segmento está com boas perspectivas no curto prazo: o da fabricação de panelas. A Nação há de ser eternamente grata aos artífices desse flagelo.

Alexandru Solomon

Formado pelo ITA em Engenharia Eletrônica e mestrado em Finanças na Fundação Getúlio Vargas.

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