Geddel e Cunha escapam do juiz Vallisney, Lula não consegue

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O ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-deputado Eduardo Cunha não serão mais julgados pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília.

Com a redistribuição de processos realizada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), os casos de Geddel e Cunha passarão para a 12ª Vara Federal.

A juíza que assumirá os processos é esposa do chefe de gabinete do ex-assessor jurídico do presidente Michel Temer, atualmente à frente do Ministério dos Direitos Humanos, que chegou à alta cúpula do Palácio do Planalto justamente pelas mãos de Eduardo Cunha.

Os casos de Lula, por sua vez, continuarão com o juiz Vallisney, pois sua redistribuição foi contestada pelo Ministério Público Federal, sob a alegação de que ao realizar a redistribuição, o TRF-1 violou uma série de regras processuais.

O TRF-1, após analisar o posicionamento do MPF, mudou sua decisão em relação ao réu Lula, divulgando nota onde esclarecia que ‘após discutir os termos do normativo, o colegiado decidiu, por unanimidade, em relação ao inciso II, do artigo 10, que não deverão ser redistribuídos processos que tiverem audiências e/ou interrogatórios realizados”.

A decisão do tribunal é exatamente o caso dos dois processos criminais de Lula, que já haviam iniciado a fase de instrução. Um deles é derivado da delação do ex-senador Delcídio do Amaral. O outro, trata-se da ação penal relacionada à compra dos caças suecos investigada na Operação Zelotes.

Prevê-se mais duas condenações.

da Redação Ler comentários e comentar