Médico, que matou a ex-mulher, é preso após palestra onde criticava a impunidade

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O médico Alfredo Carlos Dias Mattos em 1999, já separado da ex-mulher Magda Maria Braga de Mattos, descobriu que ela estava namorando. Movido pelo sentimento de posse ou pelo machismo, não aceitava que ela estivesse buscando a felicidade nos braços de outro homem. Não teve dúvida. Resolveu matá-la. É o que consta no processo que condenou o médico a uma pena de 14 anos de prisão, pelo cometimento do crime de homicídio qualificado.

O assassinato ocorreu em 28 de abril de 1999. Segundo as investigações, Magda Maria foi internada em um hospital de Nova Lima para fazer uma cirurgia e tratar dores abdominais. O ex-marido, conforme a promotoria, foi até o leito, dopou a mãe da vítima com um suco e aplicou álcool no soro da ex-mulher, que, ao reagir com os medicamentos que ela tomava, a levou à morte.

Condenado pelo tribunal do juri, ele recorreu da sentença, alegando que era inocente. Ele aguardava o recurso em liberdade. Em março do ano passado, a decisão foi mantida e um mandado de prisão contra ele expedido. Porém, ele não foi localizado.

Na terça-feira (18), provavelmente sem saber que a polícia estava no seu encalço, o médico dava uma palestra para estudantes de medicina em Rio Verde (GO). O filho do médico estuda na instituição e postou um panfleto na internet sobre a apresentação, o que ajudou a polícia a encontrá-lo. A palestra tinha como tema a pena de morte. Ironicamente, Alfredo criticou o sistema judiciário brasileiro alegando que a impunidade no país é preocupante, uma vez que a maioria dos crimes não é solucionada.

O homem estava morando há 10 anos em Goiás e já chegou a ser diretor do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

Ao ser detido, o médico alegou que era inocente e que a condenação foi injusta. Ele está preso no Presídio Municipal de Rio Verde. A polícia já comunicou o fato à Justiça de Minas Gerais para que sejam tomadas as medidas necessárias para a transferência dele para o estado.

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