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Moro e a prisão de Lula, mais uma operação eficiente e exitosa

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O juiz Sérgio Moro, além de profundo conhecedor do direito, é realmente um grande estrategista, incomparável.

Muitas opiniões circularam após a decretação da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última quinta-feira (5).

Para um grande número de pessoas, inclusive conceituados juristas, os benefícios e regalias concedidos a Lula foram exagerados e desnecessários.

Alguns, inclusive, defendiam que a prisão de Lula deveria ter sido feita no dia em que foi decretada, de surpresa, sem dar chances a qualquer reação por parte da militância petista.

Moro optou pela ampla publicidade, deu ao réu a possibilidade de se entregar, determinou a não utilização de algemas e o respeito ao cargo que ele havia exercido.

Certamente levou em consideração que Lula, apesar de cambaleante, ainda é um líder popular e detém inúmeros seguidores. Fato que não poderia ser menosprezado ou ignorado.

De outro lado, uma prisão de inopino na quinta-feira, facilitaria que algum ministro simpático a causa imediatamente concedesse uma liminar ao petista.

Da forma como foi feita, com o devido respeito ao condenado, com dois habeas corpus sendo negados entre a decretação e a efetivação da prisão, com todo o aparato necessário para o cumprimento da medida, o mandado de prisão ganhou enorme pujança e deu a oportunidade de medir até onde vai a força da tal insana militância petista, também notadamente cambaleante.

Moro, mais uma vez, foi perfeito e implacável e, diferentemente do que Lula falou em tom provocativo, de que o juiz queria vê-lo pelo menos um dia na prisão, Moro demonstrou que não, que quer na realidade que Lula cumpra integralmente a sua sentença condenatória.

Pode ser que algum ser supremo dê uma liminar e em breve libere Lula do cumprimento de sua pena, mas será bem mais difícil.

Tem que ser um ministro com muita coragem, muita cara de pau e algum interesse escuso.

da Redação Ler comentários e comentar