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O surpreendente resultado eleitoral em Cuba

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Quarta-feira (18), na BandNews, informaram que estava havendo uma eleição histórica em Cuba, explicaram como a coisa funcionava, falaram do candidato do partido (não é preciso especificar qual, porque lá só tem um) e disseram que na quinta, quando saísse o resultado, comentariam sobre o eleito.

Padeço de uma doença oposta à de quem não consegue entender ironia: eu vejo ironia em tudo. Gargalhei com esse "sejamos cautelosos; de barriga de grávida, cabeça de juiz e eleição em país comunista, a gente nunca sabe o que vai sair".

E não é que houve uma baita surpresa! Dos 604 votos, só 603 eram para o "concorrente" representante do PC (Partido dos Castro).

A ilha inteira há de estar pensando "Pelas barbas do Comandante! O Díaz-Canel é tão modesto que teve o gesto magnânimo de não votar em si mesmo!".

A ilha inteira menos o Días-Canel, que já deve ter mandado analisar as imagens das câmeras de segurança, as impressões digitais nas cédulas, o DNA e o escambau, para saber quem é o coxinha infiltrado.

(A quem interessar possa, Díaz-Canel não é mulher, não é trans, não é afro e não é ‘pluçaize’. E pelo resultado das urnas, a gente conclui que "Hasta la victória, siempre!" não era só mais um slogan eleitoral).

Foto de Eduardo Affonso

Eduardo Affonso

É arquiteto no Rio de Janeiro.

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