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STF não vai investigar Wadih Damous, prefere fazê-lo com procurador da Lava Jato

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O deputado federal petista Wadih Damous, que é advogado e já presidiu a OAB/RJ, declarou que a juíza federal Carolina Moura Lebbos, que vetou a visita de políticos a Lula, "é uma juizeca, de quinta categoria, fascista, pau mandado e, obviamente deve estar nas nuvens”.

Quando o STF negou o HC a Lula, o mesmo Wadih Damous já havia dito que Luís Roberto Barroso era um “pigmeu demagogo e populista”, Cármen Lúcia uma “carcereira”, e defendeu o fechamento do STF afirmando que "não foi pra isso que essa turma foi colocada lá"

Mas quem vai ser investigado é o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força tarefa da Lava Jato, que, a respeito do STF, declarou que “o que acontece hoje é o esperneio da velha ordem. A pergunta que devemos fazer é qual o motivo pelo qual precisam sacrificar o bom nome do tribunal. Fica claro que há um conflito entre uma nova Justiça e o velho sistema de impunidade dos poderosos”.

Aparentemente insinuar que há no STF ministros interessados na impunidade de certas figuras é muito mais ofensivo que defender o fim do STF, e isso sob a ótica do próprio STF.

Aliás, reclamar da politização do STF depois de indicar 7 dos atuais 11 ministros é tão irônico quanto Dilma Rousseff reclamando do suposto reacionarismo d'O Globo e da Folha na cobertura da delação de Palocci, jornais cujas redações são reconhecidamente dominadas por jornalistas de viés ideológico de esquerda e extrema esquerda, e que provavelmente veem com simpatia a ideia de "controle social da mídia".

Ministros do STF que não se ofendem com exortações ao fim do STF, ou jornalistas que defendem que políticos os controlem e censurem, provam que a mistura do patrimonialismo histórico brasileiro com o socialismo do século XXI produziu uma verdadeira seita totalitária.

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