No regime militar não havia corrupção sistêmica

07/05/2018 às 16:14 Ler na área do assinante

Seria ingenuidade, ou desvio da verdade, dizer que no Regime Militar (1964 a 1985) não havia corrupção no Brasil. Havia, sim. Mas ela era pontual. Não “sistêmica” (na feliz expressão do Juiz Moro), como é hoje.

E dessas observações uma conclusão pode ser antecipada: os indicadores do espantoso aumento da criminalidade (corrupção) na política praticamente coincidem com o crescimento do crime “comum” nas ruas.

Em matéria de segurança pública, a sociedade brasileira está totalmente “à deriva”. Abandonada “às moscas”, como se diria na sabedoria popular.

A sociedade é roubada tanto na política, quanto nas ruas, em similar proporção. Ao que mais parece, a política serviu de “referencial”, “inspiração”, para a bandidagem das ruas.

Graças aos criteriosos estudos desenvolvidos especialmente pelo Juiz Federal Sérgio Moro, de Curitiba, e das ações desenvolvidas pelas competentes equipes da Polícia e Ministério Público Federais, envolvidos na Operação Lava Jato, conseguiu-se fazer uma comparação analógica entre o que se passou na “Operação Mãos Limpas”, na Itália, e a corrupção política instalada no Brasil, acentuadamente após a ascensão do PT ao poder, em 2003, num enorme “salto” da situação que já havia sido instalada a partir de 1985, com o término do Regime Militar, mediante instalação da famigerada “Nova República”, então encabeçada pelo mesmo MDB (antigo PMDB), que hoje voltou a roubar na política, em “consórcio” com o PT, apesar das suas aparentes e enganadoras briguinhas de “comadre”, cada qual “acusando o outro do que é e faz”, cumprindo ambos, à risca, os ensinamentos deixados pelo ícone comunista Lenine.

“Antigamente” dava para se contar nos dedos das mãos os políticos e administradores públicos que roubavam.

E diversos desses mesmos políticos “trocaram casaca” e passaram a usar os símbolos do PT, do MDB e do PSDB, dentre outros de menor expressão, usufruindo dos benefícios dos novos donos da política. Mas justiça seja feita aos militares da época. Parece que nenhum deles, ou raros teriam sido, os que optaram por vestir as novas “casacas”.

Mas o “profissionalismo” da corrupção dos novos tempos, tanto na quantidade, quanto no “volume” dos valores roubados, especificamente relacionada à POLÍTICA, tem a “virtude” de transformar os corruptos de antigamente em “ladrões de galinha”, comparados com os ladrões de hoje.

Antes se roubava menos em quantidade, e em menores valores. Hoje se rouba mais e em valores bem maiores.

Ontem roubavam “milhões”. Hoje são “bilhões”.

Alguns garantem que teriam sido roubados valores maiores que um ano de PIB-Produto Interno Bruto, que em 2017 alcançou a estupenda cifra R$ 1,595 trilhão (Um trilhão, e quinhentos e noventa e cinco bilhões de reais). Dá para encher os bolsos de muita gente, não?

Outra diferença marcante que se mostra presente na comparação das “duas épocas” é a que diz respeito ÀS LIBERDADES INDIVIDUAIS E COLETIVAS do Povo Brasileiro.

No Regime Militar havia plena liberdade de IR e VIR para todas as pessoas quem não tivessem alguma restrição judicial, ou que não apresentassem algum risco para a ordem e segurança pública (terroristas, subversivos, assaltantes, agitadores políticos, etc.).Também não se podia falar mal ou injuriar o Presidente da República.

Quanto ao mais, tinha-se total segurança para o trabalho, lazer, locomoção, ir ao cinema, ao teatro, ao futebol, só para citar algumas.

Hoje a única liberdade que resta é “falar mal do Presidente da República”.

O resto foi para o “saco”. Inclusive o “estado policialesco” que foi instalado nessa (pseudo) “democracia”, na verdade uma OCLOCRACIA (democracia degenerada, deturpada, corrompida, às avessas, praticada pela massa ignara em proveito da patifaria política), especialmente na questão tributária (escorchante), é muito mais severa para o povo que o próprio “Regime Militar” foi.

Deu-se mais ou menos o que antes já acontecera na Alemanha Nazista, onde o seu estado “policial”, para o povo, era muito mais terrível que o estado “militar” propriamente dito.

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado, sociólogo,  pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).

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