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Homem que lançou Lula no sindicalismo, abre o coração e revela a ingratidão do petista

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O ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, Paulo Vidal Neto, responsável pela introdução de Lula no meio sindical, em entrevista à Revista Crusoé fez revelações curiosas, que dão a exata noção para o atual desfecho na trajetória do petista, o xilindró.

“Lula sempre foi capitalista. Sempre tirou proveito de tudo o que fizeram para ele. Era um ‘bom vivant’, gostava de dinheiro, das coisas boas que o dinheiro comprava, charutos, mulheres bonitas, bons vinhos, bons bailes”, diz.
"Já nos tempos de sindicalista, Lula não gostava de tomar partido nem de assumir responsabilidades quando esbarrava em questões polêmicas. “Ele não se posicionava sobre as coisas que ocorriam, deixava para os outros esse papel.”

Ele prossegue: “Fizeram de tudo, em livros, filmes e no PT para criar um mito em torno do Lula. Colocaram Lula como um Deus que correu sempre com pernas próprias. E não foi assim”.

“Não adianta dizer que não tem prova. Está preso porque praticou um crime”, diz Vidal, sem qualquer sinal de tristeza em relação ao destino do petista. “Para crescer em todos os cargos que teve, Lula nunca precisou fazer muita coisa. Sempre alguém fez as coisas para ele.”

Lula era um quadro bom porque não sabia nada de política e, ao mesmo tempo, era uma indicação do PCB. Ou seja, eu podia neutralizar críticas dos comunistas dizendo que tinha aceitado uma indicação deles. Acabei adotando o Lula e me tornei a pessoa que mais tinha influência sobre ele”, conta.

Vidal diz ainda que começou a sofrer com a ingratidão do ex-companheiro ainda nos tempos de sindicato. “Me chamaram de pelego, de agente da ditadura, de dedo-duro, mancomunado com o sistema. Desconstruíram meu papel no sindicalismo. Quando falava sobre isso com Lula, ele sempre dizia que nunca sabia de nada”, lamenta.

A relação entre os dois foi ruindo com o tempo, até chegar ao rompimento quando Vidal lançou-se na política e Lula, então, lhe virou as costas.

da Redação Ler comentários e comentar